terça-feira, 31 de maio de 2011

À procura das casinhas dos Doces

Caso pretenda visitar os conventos, em Guimarães, às quais mencionamos no blog as receitas que de lá provinham, aqui vai o nome das ruas onde estão situados:  

Mosteiro S. José do Carmo - Rua da Infesta



Mosteiro Sta Rosa lima - Rua das Dominicas


     

Convento Sta Clara - Câmara Municipal - Largo Cónego José Maria Gomes


Convento das Capuchinhas/Madre Deus – Lugar de Campo Galego



quarta-feira, 25 de maio de 2011

Semana Aberta - Confeitaria Francisco de Holanda

 

Aquando a semana aberta, nos dias 7 e 8 de Abril, o grupo orientou, em colaboração com a "Pastelaria Clarinha" uma exposição dos doces típicos de Guimarães, com preços de produtor.
Na exposição estiveram presentes doces como: Toucinho do Céu, Tortas de Guimarães, Doce de Chila, Rochas da Penha, Brisas da Penha, Beijinhos, Amores, Douradinhas, etc.
O grupo enaltece aqui um forte agradecimento à "Pastelaria Clarinha" pelos doces facultados e pela ajuda dada como também à Escola Secundária Francisco de Holanda.

                                                                                               

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Pastelaria Clarinha - Entrevista



Entrevista a Clara Ferreira, da Pastelaria Clarinha, no dia 2 de Fevereiro de 2011.
A Pastelaria Clarinha é uma das pastelarias de Guimarães que vende e confecciona os doces tradicionais.


Tortas de Guimarães

É com uma enorme desilusão que postamos a noticia de que as famosas Tortas de Guimarães não conseguiram passar aos 70 Pré-Finalistas. 

Fonte: http://www.7maravilhas.sapo.pt/maravilhas-da-gastronomia/categorias/ 

Tortas de Guimarães concorrem às 7 maravilhas da gastronomia

As tortas de Guimarães são candidatas às 7 maravilhas da gastronomia, na categoria de doces.
Os candidatos ao título de maravilha da gastronomia portuguesa são conhecidos no dia 7 de Maio e é, também, a partir desse dia que os portugueses poderão começar a votar no seu prato ou sobremesa preferidos.
As candidatas a Maravilhas da Gastronomia serão organizadas em sete categorias, três finalistas por categoria e os sete vencedores serão apurados pelo maior número de votos.
As sete categorias são entradas, sopa, marisco, peixe, carne, caça e doces.

Fonte: Jornal "O Povo" - http://www.opovo.pt/2011/03/tortas-de-guimaraes-concorrem-as-7-maravilhas-da-gastronomia/

Convento de S. José do Carmo

Data de construção: Aproximadamente no século XVIII

O Mosteiro de S. José fica situado na antiga rua de Infesta, hoje largo dedicado ao arqueólogo vimaranense Martins Sarmento.
O negociante Francisco Antunes quis fundar um convento, para religiosas, em honra de Santa Teresa.
Por volta de 1704, estando o edificio concluido, receberam a bula do papa autorizando as religiosas a tomarem os véus das carmelitas calçadas, trocando a primitiva evocação de Santa Teresa pela de São José.

Convento Sta. Rosa Lima

Datas extremas: 1727/1887

O Convento de Santa Rosa Lima situava-se na antiga rua da Travessa, mais tarde rua de Santa Rosa Lima e hoje denominada rua das Dominicas. 
Este convento foi sempre muito conhecido pelo excelente doce de fruta e bonitos trabalhos em linho, que ali se manufacturavam e exportavam fundamentalmente para o Brasil e Inglaterra, constituindo um dos ramos mais produtivos e notáveis da indústria vimaranense.

Fonte: http://www.csarmento.uminho.pt/amap_4132.asp 

Convento de Santa Clara

Origem: 1548


  O Convento ficou nas mãos do cónego Baltazar de Andrade e a sua descendência.
  A entrada das religiosas no Convento deu-se a 12 de Agosto de 1562.
  O Convento fecha as suas portas em 1891, quando morre Antónia Amália da Ascenção. Por decreto de 19 de Agosto de 1893, o edifício conventual é cedido à Colegiada de Nossa Senhora da Oliveira que aí instala um seminário.
  A 16 de Setembro de 1896, um novo decreto transforma o seminário em liceu nacional. Na década de 50, o liceu muda de instalações.
   Em 1968, o edificio assume as funções que mantém nos dias de hoje, ou seja, passa a albergar os principais serviços da Câmara Municipal de Guimarães e aí tambem foi instalado o Arquivo Municpal Alfredo Pimenta.

Convento das Capuchinhas

Ano de Construção: 1681

  Lugar de Campo Galego, edificado pelos Franciscanos e dada a sua relação com a Ordem fundada por Santa Clara, o Convento e Igreja então edificados, deram corpo ao “Mosteiro de Madre Deus das Capuchinhas ou de Claristas Reformadas”.
  Dado o falecimento da última religiosa no ano de 1888, de acordo com a lei, foi extinto o Convento, do que na actualidade restam o claustro de estrutura “simples”.
  O Templo acabou por ser enriquecido com obra de restauro na década de quarenta do século XX, com a oferta de dois altares que eram da Irmandade de Nossa Senhora do Carmo da Penha e que antes tinham sido do Convento de Santa Clara, cuja Imagem de Santa Clara foi também entregue para ali ser venerada, onde ainda hoje se encontra.
  A conversão deste convento em lar para jovens com poucos recursos económicos foi feita a partir de 1918, com a denominação de “Oficinas de S. José". Por volta de 1920, já no Convento foram criadas escolas de tipografia e encadernação e mais tarde de alfaiataria, tecelagem, serralharia e para consumo interno uma pequena escola agrícola, acabando por mais tarde ser criada uma escola de música, donde derivou uma “banda” muito admirada ao tempo pelos Vimaranenses, pelo seu sugestivo hino e pelo fardamento dos alunos executantes.
  Entretanto a denominação “Oficinas” de lugar a Centro Juvenil de São José que na actualidade desenvolve relevante acção social, tendo como objectivo primeiro «a educação e preparação profissional de jovens com vista à sua plena integração social».


Fonte: http://www.noticiasdeguimaraes.com/guimaraes-patrimonio-conventual/

terça-feira, 17 de maio de 2011

Diferentes pontos de açúcar

Os pontos de açucar são a base para a confecção de muitas delícias, existindo diferenças entre eles:

Ponto de Pasta ou de Calda:
O açúcar está no ponto quando ao retirar uma escumadeira de dentro da calda se formar uma camada fina que acompanha os movimentos do utensílio.
No pesa-xaropes (Mede o grau de viscosidade de uma calda de açúcar) este ponto corresponde a 28 graus baumé e no termómetro a 101 graus célsius.
Quantidades:
1,9 dl de água
250 g de açúcar
O açúcar vai ao lume juntamente com a água e ferve durante 1 minuto.


Ponto de Fio (e de Fio Forte):
Depois de mergulhar os dedos em água fria coloca-se uma gota de calda de açúcar entre o polegar e o indicador. Ao afastar os dedos deve formar-se um fio sem grande resistência (forte no segundo caso).
No pesa-xaropes o ponto de fio corresponde a 29 graus baumé (Trata-se de uma escala hidrométrica para medir a densidade de líquidos), e no termómetro a 103 graus célsius.
No pesa-xaropes o ponto de fio forte corresponde a 32 graus baumé e no termómetro a 106 graus célsius.



Ponto de Pérola:
Quando ao verter de uma colher um pouco de calda de açúcar forma-se um fio resistente com extremidade semelhante a uma pérola.
No pesa-xaropes este ponto corresponde a 34 graus baumé e no termómetro a 108 graus célsius.
Quantidades:
1,2 dl de água
250 g de açúcar
O açúcar vai ao lume juntamente com a água e ferve durante 2 minutos.


Ponto de Rebuçado:
Ao deitar um pouco de calda de açúcar num recipiente com água fria, deve forma-se uma bola consistente mas moldável.
Este ponto corresponde, no termómetro, a 120 graus célsius.
Quantidades:
0,5 dl de água
250 g de açúcar.



Ponto de Estrada:
Obtém-se quando o fundo do recipiente, onde se coze o açúcar, fica visivel ao passar com uma colher de pau.
No pesa-xaropes este ponto corresponde a 37 graus baumé e no termómetro a 120 graus célsius.
Quantidades:
0,75 dl de água
250 g de açúcar.


Ponto Assoprado:
Este ponto ocorre quando se formam bolinhas ao soprar-se para uma escumadeira envolvida em calda de açúcar.
No pesa-xaropes este ponto corresponde a 39 graus baumé e no termómetro a 115 graus célsius.
Quantidades:
0,6 dl de água
250 g de açúcar.


Ponto de Caramelo:
Para se saber se o caramelo se encontra no ponto pretendido este deve apresentar uma cor dourada e um cheiro característico que se vai acentuado com o tempo de cozedura.
Este ponto corresponde, no termómetro, a 115 graus célsius.


Ponto de Espadana:
Ao cair de uma colher que se retirou do tacho, a calda cai em fila larga.
No pesa-xaropes este ponto corresponde a 40 graus baumé e no termómetro a 120 graus célsius.
Quantidades:
0,6 dl de água
250 g de açúcar.


A partir de: http://sabores.sapo.pt/aprender/artigo/em-ponto-de-acucar

Note Bem

Apesar de termos postado a maioria das receitas tradicionais de Guimarães é preciso ter em conta que a maneira como são confeccionadas, tanto como mexer na massa, entre outros, são secretas.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Encharcada

Ingredientes:
- 22 gemas de ovos 

- 4 claras
- 750g de açúcar
- Canela

Preparação:

Leva-se o açúcar ao lume com 2 dl de água e deixa-se ferver até fazer ponto de pérola muito fraco. Entretanto, batem-se os ovos.
Estando a calda no ponto, deitam-se-lhe dentro os ovos, lentamente e através de um passador de rede e em movimentos circulares. Deixa-se cozer a encharcada, espetando-a com uma espátula, dos lados para o meio, para evitar que ganhe crosta.
Retira-se a encharcada do lume quando os ovos estiverem cozidos, mas ainda com um pouco de calda. Os ovos ficam com o aspecto de trouxas de ovos partidas em bocadinhos.
Deita-se num prato fundo, polvilha-se com canela e leva-se a encharcada a forno bem quente só para tostar.



Fonte: http://www.petiscos.com/receita.php?recid=9998&catid=29 - Convento de Santa Clara.



domingo, 15 de maio de 2011

Manjar Branco da Costa

250 gr de farinha de arroz
Meia canada (0,7 l) de leite
500 gr de açúcar
1 pau de canela
Uma casca de limão

Ferve tudo até engrossar. Depois deixa-se arrefecer, fazem-se pequenas broinhas e metem-se à fornalha a tostar. Depois de frias põem-se sobre rodelinhas de papel de seda recortadas.

Fonte: "Doçaria Vimaranense de outros tempos".

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Tortas de Guimarães

Amassa-se a farinha triga em agua fria temperada de sal, de modo que a massa fique dura. Depois de estar assim amassada a farinha, o que pode ser feito dentro de um alguidar, coloca-se em cima de uma tábua bem lisa e trabalha-se amassando-a e esfregando-a como se lava a roupa até que principie a fazer bolhas. Neste ponto faz-se dela um rolo, que se unta por todos os lados com pingue de porco dos rojões, frio, e deixa-se o rolo a descansar em cima da tábua durante duas horas.
Passadas essas duas horas, toma uma pessoa o rolo, por um dos lados, e outra toma-o pelo lado oposto e com um cilindro de madeira principia-se a estendê-lo em fita, pouco a pouco; E feito um pedaço de fita alarga-se puxando-a para os lados com as mãos tanto quanto puder, e depois de estar assim alargada unta-se com pingue quente e principia-se envolvê-la com muito cuidado; E assim por diante até se acabar a massa. Deste modo fica a massa outra vez em rolo, formado da massa que se estendeu em fitas largas. Este rolo assim formado unta-se por todos os lados com pingue e fica em descanso uma noite ou algumas horas. Passado este tempo, corta-se este rolo em fatias de largura de um dedo e principia-se a alargar estas fatias de maneira que as folhas fiquem bem separadas umas das outras; Mete-se-lhe o recheio e dobra-se a massa para que fique em formas de pastéis.
Tem-se ao lume um tacho com açúcar em ponto de espadana, metem-se as tortas dentro e tiram-se logo com uma escumadeira. Depois de frias pulvilham-se com açúcar e canela.

Recheio para as Tortas
Deita-se num tacho um arrátel (459g) de açúcar e um quartilho (0,35l) de água e deixa-se vir a ponto de espadana baixo. Depois tira-se do lume e põe-se a esfriar. Junta-se-lhe depois uma quarta (114,75g) de amêndoa pisada, 20 gemas de ovos batidos, um pau de canela e um bocado de cidrão picadoe torna-se a pôr o tacho ao lume até engrossar, não devendo o ponto ficar muito subido.

Note Bem: As Tortas antes de se metem no açúcar, põem-se numa folheta e metem-se á fornalha a cozer como os outros pastéis.

Fonte: "Doçaria Vimaranense de outros tempos"


         

terça-feira, 3 de maio de 2011

Ovos Queimados

Põe-se ao lume 459gr de açúcar com uma casca de limão e um pau de canela e deixa-se ferver até estar em ponto de espada não alto. Tem-se 14 ovos batidos sendo só 4 com claras e deitam-se ao açúcar.
Deixam-se ferver até estarem cozidos. Vão-se picando com um garfo para que o açúcar entre pelo meio deles ou se mexem ligeiramente com uma colher. Abana-se o tacho para que eles não torrem antes de estarem cozidos. Dos lados dos tachos despegam-se com uma faca.
Estando bem passados deixam-se torrar ou queimar ligeiramente, que é o que lhe dá o bom gosto.
Depois deitam-se numa travessa, deita-se-lhes por cima um bocadinho de calda de açúcar, se estes estiverem muito secos e polvilham-se de canela.
É costume enfeitá-los com raminhos de salsa.

Fonte: "Doçaria Vimaranense de outros tempos"

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Queijadas de Guimarães

Põe-se ao lume 459gr de açúcar pilé, côa-se e deixa-se vir ao ponto de voar. Deita-se-lhe então 459gr de açúcar e deixa-se ferver um bocado.
É preciso mexer sempre para não pegar no fundo do tacho. Depois tira-se para fora e deitam-se-lhe 12 gemas e uma clara batida. Torna-se a levar ao lume até levantar fervura, mexendo sempre. Há-de ficar massa… para poderem fazer as queijadas.
Deixa-se descansar até ao dia seguinte ou até estar bem fria. Depois põe-se um pano em cima de duas tábuas, cortam-se as hóstias redondas, molham-se os bordos ligeiramente, deita-se-lhe no meio o doce e levantando os bordos da hóstia que estão molhados com os dedos dá-se-lhe a forma das queijadas.

Fonte: "Doçaria Vimaranense de outros tempos".

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Doce de pêra ou perada

459 gr de açúcar, outro de pêra. Descasca-se a pêra, parte-se aos quartos, coze-se e passa-se pela peneira. Tem-se o açúcar ao lume e junta-se a pêra. Torna-se ao lume até o doce engrossar e fazer espelho. Tira-se do lume, deita-se em malgas, deixa-se arrefecer e põe-se ao sol até ganhar vidro; assim se conserva durante todo o ano.

Fonte: "Doçaria Vimaranense de outros tempos".

Doce de chila

Quebram-se as chilas no chão. Tira-se depois a casca e a espinha, pesa-se, lava-se á torneira em passador e mete-se em água fria de um dia para o outro.
Põe-se a cozer em pouca água e, depois de cozida, deixa-se arrefecer na panela. Deita-se depois em água fria para arrefecer melhor, desfaz-se e põe-se a escorrer.
Entretanto, faz-se uma calda com o açúcar (para 2k de chila, 1,25k de açúcar) até chegar a ponto de pérola. Seguidamente deita-se a chila desfeita e mexe-se com a colher de pau. Passado pouco tempo, deita-se canela em pau a gosto e deixa-se ir a ponto de pérola apertado para conservar. 



Fonte: "Área Escola - Uma Experiência, Escola Secundária Francisco de Holanda, Guimarães 1992/93".

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Doce de laranja aos gomos

Raspam-se as laranjas muito ligeiramente para que fiquem amarelas. Cortam-se aos gomos e deitam-se em água fria durante um ou dois dias conforme o gosto de cada um.
Tanto o peso de laranjas como o de açucar.
Põe-se o açúcar ao lume, deixa-se levantar fervura , deita-se-lhe dentro os gomos das laranjas e deixa-se ferver até ficarem bem cozidas.
Este doce é muito bom para comer de calda, ou também se podem tirar os gomos do açúcar, polvilhá-los com açúcar cristalizado e pôr ao sol a secar.

(Esta receita pertence ao Tio Alberto)

Fonte: "Doçaria Vimaranense de outros tempos".

Bichas, receitas do terreiro

6 ovos inteiros
459g de açucar pilé
459g de farrinha triga
Bate-se o açúcar com os ovos durante 1h e depois junta-se-lhe a farinha e torna-se a bater durante alguns minutos.
Untam-se as formas com manteiga derretida (mas muito pouco untadas). Fazem-se os Ss e metem-se á fornalha a cozer.
N.B. leva uma pitada de sal.

Fonte: "Doçaria Vimaranense de outros tempos".

Figos Secos

459g de figos e outro de açúcar. Os figos não se querem inteiramente maduros, e querem-se colhidos com pé. Picam-se os figos com um garfo, deitam-se num alguidar e combrem-se com água a ferver: Deixam-se estar 1h.
Tem-se o açúcar ao lume em ponto de espadana baixo, tiram-se os figos da água e deitam-se no açucar, onde se deixam ferver bastante tempo. É preciso mexê-los com cuidado para não os escangalhar. Depois tiram-se com uma garfo um a um outra vez para o alguidar e deita-se-lhe outra vez o açucar por cima e deixa-se ficar até ao dia seguinte. No dia seguinte tornam ao lume - pode-se fazer esta operação pela manhã, e repeti-la á tarde. Para ficarem bons precisam levar três caldeadelas, isto, irem ao lume três vezes. Da ultima vez deve fixar o ponto subido para poderem secar.

(Esta receita pertence ao convento de Santa Clara de Guimarães)

Fonte: "Doçaria Vimaranense de outros tempos".

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Suspiros de Braga

A 500 gramas de açúcar levado a ponto de fio, junte 3 claras, água de flor de laranjeira, canela e uma casca de limão. Mexa muito bem de forma a que a massa fique bem levantada. Deite em pequenas formas untadas com manteiga. Leve ao forno o tempo necessário para corarem.

(Esta receita pertence ao receituário do Convento da Madre Deus de Guimarães)

Fonte: "Cozinha do Minho", de Alfredo Saramago

Rabanadas Vimaranenses

Junte 4 gemas de ovos com 100 gramas de açúcar, um pau de canela e umas raspas de limão. Leve tudo ao lume e deixe ferver. O açúcar pode ficar ligeiramente queimado. Embeba fatias de pão em leite, deixe escorrer um pouco e passe pela calda que está ao lume. Coloque as fatias numa travessa, deite em cima a calda onde foram passadas e borrife generosamente com vinho do Porto.

(Esta receita pertence ao receituário do Convento da Madre Deus de Guimarães)

Fonte: "Cozinha do Minho", de Alfredo Saramago

Aletria Doce

Coza ligeiramente um quilo de aletria em água na qual deve misturar uma colher de azeite ou uma noz de manteiga. Retire e escorra para uma peneira. Deite depois a aletria em leite com um pouco de açúcar onde acaba de cozer. Retire e escorra-as novamente na peneira. Num tacho, ponha a ferver meio litro de leite, a casca de um limão, 12 gemas de ovos, 125 gramas de amêndoas torradas e raladas grossas. Deite a aletria dentro e deixe ferver um pouco. Deite numa travessa e polvilhe com canela.

(Esta receita pertence ao receituário do Convento da Madre Deus de Guimarães)

Fonte: "Cozinha do Minho", de Alfredo Saramago.

Pão-de-Ló de Santa Rosa

Bata 12 gemas de ovos com 500 gramas de açúcar e a raspa de meio limão. Deve batar a massa muito bem. Depois acrescente as claras batidas em castelo, para envolver, assim como 250 gramas de farinha. Misture tudo. Unte uma forma com manteiga, polvilhe a farinha e leve ao forno a cozer.

(Esta receita pertence ao receituário do Convento de Santa Rosa de Guimarães)

Fonte: "Cozinha do Minho", de Alfredo Saramago.

Bucho doce de irmã Teresa

Limpa-se um bucho de porco e deixa-se ficar de molho durante 24 horas, com a casca de um limão. Para o recheio: bata 12 gemas de ovo com o miolo de um quilo de pão de trigo. Bata as clarasemcastelo firme e junte-as á massa feita com as gemas e o miolo de pão. Junte três colheres de sopa de banha de porco ou de toucinho derretido. Mexa bem e encha o bucho com esta massa, sem encher completamente para não romper quando o bucho cozer. Cosa a abertura do bucho e deixe um fio grande onde deverá dependurar um pau que deverá ficar atravessado nas bordas do tacho onde o bucho cozer, de forma a ficar suspenso mas todo dentro da água de cozedura. Depois de cozindo desenforma-se e serve-se frio. 

(Esta receita pertence ao convento de Santa Clara de Guimarães)

Fonte: "Cozinha do Minho", de Alfredo Saramago.

Pudim do Patrono

Bata 8 ovos com 300 gramas de açúcar e junte 300 gramas de amêndoa ralada fina. Adicione 300 gramas de doce de chila e envolva tudo muito bem. Unte uma forma com manteiga e leve ao forno a cozer em lume médio.

(Esta receita pertence ao receituário do Convento de S. José de Guimarães)

Fonte: "Cozinha do Minho", de Alfredo Saramago

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Sopa Dourada Rica

Corte fatias de pão-de-ló de grossura que mais lhe agradar e molhe-as numa calda de açucar em ponto de pérola. Vá retirando as fatias e disponha-as numa travessa polvilhando-as com canela. Faça uns ovosmoles, e vá espalhando os ovos por cima das fatias.
Continue a operação intervalando sempre as camadas de fatias e termine com uma camada de ovos.
Para fazer os ovos moles pode utilizar a receita de 500g de açucar levado ao ponto de pérola. Retire a calda do lume, deixe arrefecer um pouco e quando ainda estiver morna, junte 14 gemas de ovos, apenas cortadas com uma faca e não batidas.Leve ao lume para as gemas cozerem. 

(Esta receita pertence ao Convento de Santa Clara de Guimarães)

Fonte: "Cozinha do Minho", de Alfredo Saramago.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Torta de creme de canela

Em meio litro de leite deite 175g de açúcar e 12 gemas de ovos. Junte duas colheres de chá de canela em pó. Leve esta mistura ao lume e retire quando estiver grossa. Forme uma torta com massa folhada e encha com este creme. Leve ao forno a alourar.

(Esta receita pertence ao Convento da Madre Deus de Guimarães)

Papas doce de carolo

Coza o carolo em água, tempere com sal e quando estiver cozido junte  um litro de leite, uma casca de limão e 100g de manteiga. Leve 400g de açúcar a ponto de pérola. Junte esta calda aos carolos e deixe arrefecer. Junte 6 gemas de ovos depois da mistura estar fria. Leve outra vez ao lume para as gemas cozerem. Polvilhe com canela.

(Esta receita pertence ao Convento da Madre Deus de Guimarães)

Fonte: "Cozinha do Minho", de Alfredo Saramago.

Arroz-doce do Abade

Deite litro e meio de água numa panela e deixe ferver juntamente com a casca de um limão inteiro. Deite 300g de arroz e deixe ferver até a água desaparecer. Nesta altura deite um litro de leite quente e mexa até que o arroz fique devidamente cozido. Bata 10 gemas de ovos com uma colher de sopa de leite e quando retirar o arroz e o deixar arrefecer um pouco, junte as gemas batidas. Leve tudo ao lume novamente de forma a que as gemas possam cozer. Deite numa travessa e enfeite com canela em pó.

(Esta receita pertence ao Convento de Santa Clara de Guimarães)

Fonte: "Cozinha do Minho", de Alfredo Saramago.

Toucinho-do-Céu de Guimarães

500g de açúcar; 150g de amêndoas; 3 colheres de sopa de doce de chila; 18 gemas; 2 claras; farinha; manteiga


Deixa-se o açúcar derreter em 2dl de água e leva-se a cozer até atingir o ponto de pérola (108ºC). Adicionam-se depois a amêndoa pelada e ralada e o doce de chila e deixa-se ferver um pouco. Entretanto, misturam-se sem bater as gemas com as claras que se juntam ao preparado anterior depois de se ter deixado arrefecer um pouco. O doce vai novamente ao lume apenas para cozer as gemas, tendo o cuidado de não o deixar ferver. Retira-se do calor e, depois de frio, deita-se numa forma muito bem untada com manteiga ou com margarina e abundantemente polvilhada com farinha. Convém espalhar uma colher de sopa de farinha no fundo da forma. Leva-se o toucinho-do-céu a cozer em forno brando durante 1 hora. Depois de desenformado, escova-se bem a farinha e polvilha-se o toucinho-do-céu com açúcar pilé.


Ps: Este mesmo toucinho-do-céu pode ser cozido em doses individuais. Nesse caso untam-se e polvilham-se abundantemente com farinha pratinhos de barro vidrado e o forno deve estar mais quente. Os toucinhos-do-céu, depois de escovados da farinha, são também polvilhados com açúcar pilé.


(Esta receita pertence ao Convento de Santa Clara de Guimarães)


Fonte: "Cozinha Tradicional Portuguesa", de Maria de Lurdes Modesto.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Introdução

  No âmbito da disciplina de Área de Projecto da Escola Secundária Francisco de Holanda, foi-nos proporcionado elaborar um projecto acerca dos Doces Tradicionais de Guimarães. Como é bastante óbvio, nós, os elementos do grupo, decidimos criar um Blogue para que toda a gente possa ter conhecimento acerca do tema que iremos retratar. Neste espaço iremos postar toda a história que envolve o tema, entrevitas à população vimaranense e aos individuos especializados nesta área e iremos também dar a conhecer a doçaria tradicional da nossa região e as suas receitas.